IA sozinha não basta: criatividade humana é o novo diferencial competitivo no Marketing
02 de outubro de 2025
O segundo dia do Braze Forge 2025, realizado em Las Vegas, mostrou como a inteligência artificial está transformando a maneira como as empresas se conectam com seus consumidores e como os profissionais de Marketing devem se posicionar nesse novo cenário.
Para John Hyman, CTO e cofundador da Braze, o papel da tecnologia é facilitar e amplificar a relevância das interações. “Haverá uma corrida armamentista entre as ferramentas disponíveis para profissionais de Marketing e o que está ao alcance dos consumidores. Isso significa que, para chegar à tela de bloqueio de alguém, você precisará ser extremamente relevante e personalizado”, afirmou.
Hyman destacou que as mudanças em curso lembram outras grandes revoluções tecnológicas do passado. “Quando o vídeo eliminou a estrela do rádio, quando os apps chegaram ou quando o Uber transformou a mobilidade urbana, quem venceu foi quem reconheceu a mudança cedo, entendeu para onde ela iria e começou a adotar as novas tecnologias antes dos concorrentes”, disse.
A lição, segundo ele, é que empresas que experimentam e incorporam ferramentas emergentes com rapidez tendem a liderar suas categorias. Na visão do executivo, a inteligência artificial também está mudando a forma de trabalhar. “É um novo músculo que todos precisamos desenvolver. Assim como engenheiros aprenderam a escrever código, profissionais de Marketing precisam praticar o uso da IA em suas tarefas do dia a dia para ganhar eficiência e repensar processos”, completou Hyman.
Especialistas convidados reforçaram que esse movimento cria um mercado mais competitivo, no qual velocidade de adoção e capacidade de adaptação serão diferenciais críticos.
Os resultados, de acordo com a empresa, vão além da eficiência operacional. “Quando você combina dados atualizados com IA e criatividade humana, o resultado é um Marketing que se adapta ao comportamento das pessoas em tempo real. Isso significa estar presente no momento certo, com a mensagem certa, e construir relacionamentos de longo prazo”, explicou Erin.
Especialistas convidados destacaram que essa abordagem pode redefinir métricas de sucesso, priorizando qualidade da interação e valor vitalício do cliente em vez de volume de impressões ou alcance.
Embora a tecnologia tenha dominado as apresentações, os líderes da Braze reforçaram que o elemento humano continua sendo essencial para a diferenciação das marcas. Em sua fala de encerramento, Astha Malik, Chief Business & Marketing Officer da Braze lembrou que avanços como rádio, TV, redes sociais, nuvem e IA não substituíram a criatividade — eles a ampliaram. “Cada ferramenta é um portal para a próxima era. A criatividade humana nunca morre; ela evolui e abre novos capítulos”, afirmou.
Malik destacou ainda que a função do Marketing é acompanhar o consumidor em tempo real. “Você não pode mais criar jornadas e esperar que as pessoas as sigam. É preciso caminhar ao lado delas, ajustando cada passo conforme as necessidades mudam”, disse. Ela ressaltou que essa combinação de criatividade e tecnologia é o que permite que as marcas permaneçam relevantes mesmo em meio ao excesso de informação e automação.
Outro ponto enfatizado foi a importância da experimentação. “Parte da criatividade é a disposição para correr riscos. Mas esses riscos se tornam menos assustadores quando você tem inteligência em tempo real mostrando o que está funcionando e permitindo ajustes rápidos”, completou.
O encerramento do evento trouxe ainda o reconhecimento às campanhas mais inovadoras com o Torchie Awards, vencido pela HBO Max. A empresa foi premiada por ações que combinaram automação, personalização e interatividade, transformando a experiência do usuário durante as Olimpíadas de Paris. “Com a tecnologia certa, o brilho criativo é amplificado”, concluiu Astha Malik.
Fonte: https://mundodomarketing.com.br/ia-sozinha-nao-basta-criatividade-humana-e-o-novo-diferencial-competitivo-no-marketing